Crente Pode Beber?

Essa pergunta já acendeu debates acalorados em mesas de bar, rodas de jovens e púlpitos de igreja: “Crente pode beber?”
Mas a verdade é que essa pergunta diz menos sobre álcool… e mais sobre o quanto queremos viver no limite.

A gente está sempre tentando medir o quanto dá pra se parecer com o mundo sem deixar de parecer crente. E talvez o problema esteja aí — em tentar beber só um pouco da taça do mundo e ainda esperar transbordar da presença de Deus. Vamos olhar mais fundo?


O Que a Bíblia Realmente Diz Sobre o Álcool?

Primeiro, não dá pra negar: a Bíblia fala de vinho. Jesus transformou água em vinho. Paulo recomendou a Timóteo tomar um pouco por causa do estômago. O vinho fazia parte da cultura judaica — estava nas festas, nas refeições, nas celebrações.

Mas também não dá pra ignorar: a Bíblia está cheia de alertas sobre os perigos da bebida.
Provérbios 20:1 diz que “o vinho é zombador e a bebida forte alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio.”
Efésios 5:18 é direto: “Não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se encher pelo Espírito.

Ou seja: o problema nunca foi só a bebida — foi o que ela faz, ativa e revela. O excesso. O controle. O entorpecimento. A fuga. A substituição.


Qual o Espírito Que Te Controla?

O que o texto de Efésios propõe não é só um “não pode” — é uma substituição de controle:

Ou você se enche do vinho… ou se enche do Espírito.

A pergunta deixa de ser “crente pode beber?” e vira:

O que tem te preenchido? O que você procura quando a dor aperta, quando a alma pesa, quando o vazio grita?

Tem gente que não bebe uma gota de álcool, mas vive entorpecido de ego, séries, prazer, likes, ambição.
Outros tomam uma taça num jantar e continuam cheios de temor.
A questão é: o que domina seu coração?


Liberdade ou Testemunho? Onde Está Seu Limite?

Paulo, em 1 Coríntios 10:23, foi cirúrgico:

“Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas nem tudo edifica.”

O problema é que a gente quer liberdade sem responsabilidade.
Mas no Reino, a maturidade não é medida por quantos versículos você decora — e sim por quanto você está disposto a abrir mão de si por amor ao outro.

Se sua liberdade escandaliza, fere ou afasta alguém de Cristo… então ela deixou de ser liberdade e virou tropeço.
E quem ama, evita tropeços — até quando tem razão.


Então… Crente Pode Beber?

Pode até perguntar. Mas talvez a melhor pergunta seja:
Você quer viver no limite… ou transbordar?

Porque quem vive perguntando “pode ou não pode?” ainda está negociando com o mundo.
Mas quem foi cheio do Espírito nem sente falta do que deixou pra trás. Porque quando o céu entra, o resto perde o gosto.


E você? Como lida com essa tensão entre liberdade e santidade?
Já viveu conflitos com esse tema? Conta aí nos comentários — bora conversar como quem busca verdade e não só opinião.

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